A REALIDADE DA VILA DE ARCOZELO
Por Sanda Fernandes
(Membro da Comissão Concelhia do PCP de Ponte de Lima)
Dada a actualidade do tema, que até teve direito de antena numa reportagem da SIC, decidi escrever umas linhas sobre questões que importa esclarecer. Falo, obviamente, do Pólo Industrial do Granito. Começaria por dizer que o tom utilizado na peça e o próprio formato, não abonaram, em nada, a freguesia e os seus habitantes, nem tão pouco chamou a atenção para nenhum problema. Simplesmente constatou um facto. Não teria sido necessário reduzir os trabalhadores das pedreiras a “trabalhadores” da idade média, para perceber quais os verdadeiros problemas da região.
As pedreiras são uma riqueza das nossas terras e têm de ser valorizadas, e nelas têm de haver trabalhadores. Ninguém discute isso. A questão tem a ver com as alternativas a isto. Falta de ofertas de trabalho, aliada a deficientes redes de transportes públicos e todos os factores conhecidos por todos nós e que afectam toda a região, levam a que jovens trabalhadores se vejam aliciados pelo trabalho nas pedreiras. Poderíamos discutir também as condições de trabalho que lá se vivem, ou quem e quão bem se tem aproveitado da exploração do granito. Mas penso que isso, toda a gente sabe.
Outras questões interessam desmistificar, a iniciativa da construção do Pólo Industrial do Granito, nas Pedras Finas, não é da Junta de Freguesia, o que tem tido uma apropriação indevida do projecto por parte desta autarquia. A junta limitou-se a ceder o terreno onde o Pólo se deverá instalar. É importante? É importante mas não decisivo. Se não fosse ali, seria noutro lado. Mas o facto de o terreno ser da Junta, e portanto de todos nós, torna-a parceira fundamental do processo.
Não retiro a importância do pólo industrial, estrutura que deve contribuir para a melhoria das condições de trabalho e não a favorecimentos pessoais, mas a sua construção não está nas mãos da junta.
Há muito que existem nos sucessivos Quadros Comunitários de Apoio, verbas disponibilizadas para a implementação de estruturas deste tipo. Projectos desta dimensão para o nosso concelho e para a região, devem ser sentidos e tidos como prioritários e não, como parece ser o caso, como uma inevitabilidade.
Assisti, com muita atenção, a algumas promessas que os candidatos fizeram na campanha autárquica e agora estou aqui para me certificar de que serão cumpridas como um exemplo de rigor, honestidade e competência como diziam os slogans.
Existem no entanto problemas aos quais a junta pode dar uma resposta sem a dependência de aprovações superiores, por exemplo, o transporte das crianças da freguesia para o centro escolar. A falta de organização e orientação que se notou no início do ano lectivo estará resolvida? Os dinheiros que vieram em Junho para arranjos de caminhos, estes foram arranjados? A soma ainda era considerável e esses arranjos não passariam despercebidos. O candidato à junta pelo PS que estava no poder apregoou aos sete ventos que a junta de freguesia estava em falência técnica, se isto é verdade então onde estão os rendimentos da freguesia e os quase 200.000 euros que o município entregou à junta só este ano?
Estas e outras questões se levantam sem que se tenha conhecimento das respostas.
Como habitante de Arcozelo apelo para que, todos nós, possamos levar até á assembleia de freguesia questões e ideias para que Arcozelo possa vir a ser a vila de que tanto se orgulha do estatuto. Com toda a confiança! Continuam a poder contar comigo e com os eleitos da CDU na Assembleia Municipal!
As pedreiras são uma riqueza das nossas terras e têm de ser valorizadas, e nelas têm de haver trabalhadores. Ninguém discute isso. A questão tem a ver com as alternativas a isto. Falta de ofertas de trabalho, aliada a deficientes redes de transportes públicos e todos os factores conhecidos por todos nós e que afectam toda a região, levam a que jovens trabalhadores se vejam aliciados pelo trabalho nas pedreiras. Poderíamos discutir também as condições de trabalho que lá se vivem, ou quem e quão bem se tem aproveitado da exploração do granito. Mas penso que isso, toda a gente sabe.
Outras questões interessam desmistificar, a iniciativa da construção do Pólo Industrial do Granito, nas Pedras Finas, não é da Junta de Freguesia, o que tem tido uma apropriação indevida do projecto por parte desta autarquia. A junta limitou-se a ceder o terreno onde o Pólo se deverá instalar. É importante? É importante mas não decisivo. Se não fosse ali, seria noutro lado. Mas o facto de o terreno ser da Junta, e portanto de todos nós, torna-a parceira fundamental do processo.
Não retiro a importância do pólo industrial, estrutura que deve contribuir para a melhoria das condições de trabalho e não a favorecimentos pessoais, mas a sua construção não está nas mãos da junta.
Há muito que existem nos sucessivos Quadros Comunitários de Apoio, verbas disponibilizadas para a implementação de estruturas deste tipo. Projectos desta dimensão para o nosso concelho e para a região, devem ser sentidos e tidos como prioritários e não, como parece ser o caso, como uma inevitabilidade.
Assisti, com muita atenção, a algumas promessas que os candidatos fizeram na campanha autárquica e agora estou aqui para me certificar de que serão cumpridas como um exemplo de rigor, honestidade e competência como diziam os slogans.
Existem no entanto problemas aos quais a junta pode dar uma resposta sem a dependência de aprovações superiores, por exemplo, o transporte das crianças da freguesia para o centro escolar. A falta de organização e orientação que se notou no início do ano lectivo estará resolvida? Os dinheiros que vieram em Junho para arranjos de caminhos, estes foram arranjados? A soma ainda era considerável e esses arranjos não passariam despercebidos. O candidato à junta pelo PS que estava no poder apregoou aos sete ventos que a junta de freguesia estava em falência técnica, se isto é verdade então onde estão os rendimentos da freguesia e os quase 200.000 euros que o município entregou à junta só este ano?
Estas e outras questões se levantam sem que se tenha conhecimento das respostas.
Como habitante de Arcozelo apelo para que, todos nós, possamos levar até á assembleia de freguesia questões e ideias para que Arcozelo possa vir a ser a vila de que tanto se orgulha do estatuto. Com toda a confiança! Continuam a poder contar comigo e com os eleitos da CDU na Assembleia Municipal!
