ENTRERVISTA AO JORNAL O POVO DO LIMA

 

ENTRERVISTA AO JORNAL O POVO DO LIMA EM 01/SET/2009

Acácio Pimenta

Candidato da CDU à Câmara Municipal de Ponte de Lima

O Povo do Lima (PL): Quem é Acácio Pimenta?

Sou natural da vila de Ponte de Lima, casado, pai de 3 filhos, avô de 4 netos.

Nasci na rua do Arrabalde há 61 anos, filho de pessoas humildes e trabalhadoras que se dedicaram ao negócio da compra e venda de peixe. Tenho 4 irmãos todos homens, filhos do casamento dos meus pais e 1 irmã, mais velha, filha de meu pai quando solteiro.

Desportista na modalidade de futebol na Associação Desportiva os “Limianos”, fiz parte da 1ª equipa de juniores do clube, na época 64/65, enegrecei nos seniores na época 66/67 e 2 anos depois fui campeão regional pelo clube quando este pertencia à Associação de Futebol de Braga.

Estive em África na Guerra Colonial (Moçambique) durante 28 meses como Sargento pára-quedista. O total de tempo militar foi 49 meses.

Quando regressei da tropa continuei a praticar futebol nos “Limianos” e também no Sport Comércio e Salgueiros.

Fiz parte da 1ª Assembleia Municipal de Ponte de Lima após o 25 de Abril.

Abracei a carreira de professor e paralelamente dedicava-me a treinar equipas de futebol entre as quais o “Limianos”, Atlético de Valdevez, Arcozelo F.C., Correlhã, Meadela e Neves F.C.

Fui presidente da assembleia-geral e da direcção da Sociedade Columbófila de Barroselas, fui também fundador da Sociedade Columbófila das Neves e da Sociedade Columbófila de Ponte de Lima.

Em Dezembro de 2003, com 55 anos bati o recorde nacional da hora em remo indoor e julgo que ainda sou detentor da marca.

Agora estou aposentado desde 30 de Março, contudo a minha actividade política e desporti8va continua.

Esta é uma parte reduzida da minha vida.

PL: Como se apresenta ao eleitorado?

Apresento-me ao eleitorado com o propósito de contribuir para o desenvolvimento do concelho de Ponte de Lima e com a consciência que nestes últimos 4 anos como membro da Assembleia Municipal dei um contributo muito positivo para que o concelho e as suas gentes fossem o nº1 das prioridades do município.

PL: O que o move a participar na vida pública?

O que me faz andar nestas lides é o grande amor que tenho a Ponte de Lima, às suas gentes e o querer servir o concelho a que eu chamo a melhor terra do Mundo.

Aqueles que privam comigo mais de perto sabem porque eu digo que Ponte de Lima é o pico da pirâmide.

PL: Passado algum tempo após a indicação do seu nome como candidato à Câmara Municipal, qual tem sido a reacção das pessoas?

A reacção das pessoas tem sido muito boa.

Constantemente sou abordado na rua por muita gente, até de outras áreas políticas, a dizerem-me que me apoiam e que vão votar em mim. Tratam-me com bastante carinho e simpatia, porque me conhecem e sabem que a minha candidatura não mente. Também me tem dito várias vezes que cumpri nos últimos 4 anos todo aquilo a que me propus lutar.

Outros ainda dizem-me que vão votar em mim porque têm a certeza que tudo que se passar na Vereação do Município será dado a conhecer a toda a população do concelho.

PL: Acha importante utilizar a Internet como ferramenta de campanha, nomeadamente na utilização do vídeo?

Todos os meios que os candidatos, dentro da legalidade democrática, acharem por bem utilizarem para esclarecer as pessoas eu concordo plenamente, o que não concordo é que se utilizem meios fraudulentos e mentirosos utilizando a vida pessoal dos adversários para os denegrirem em vez do debate de ideias.

PL: O que pensa da escolha do cabeça de lista da CDU à Assembleia Municipal?

O meu camarada João Gomes é um jovem Limiano com muita vontade de servir o concelho. É um jovem trabalhador, honesto, dinâmico e esclarecido o que muito pode contribuir para que a Assembleia Municipal ganhe mais vitalidade e que contribua mais e melhor para o debate de ideias para o bem de Ponte de Lima.

PL: O que acha que é preciso fazer em Ponte de Lima?

Em Ponte de Lima é necessário fazer bastantes coisas, seria um desfiar de assuntos que com certeza não chegava o espaço disponível para os enumerar. Como principais prioridades cito algumas:

1. Acabar com o deficit democrático existente no concelho, que mais uma vez confirmei pelo temor que muitas pessoas têm em participar na vida democrática do mesmo, ficando isto bem patente na dificuldade da elaboração das listas para as Autarquias;
2. Dinamização dos pólos industriais, atraindo empresas de qualidade, não poluentes, que gerem postos de trabalho qualificados;
3. Apoio ao comércio de todo o Concelho, começando pela dinamização do centro histórico nas componentes comercial e habitacional, atraindo pessoas para morar no mesmo, porque continuamos a acreditar que o Concelho só se desenvolverá sustentadamente se o desenvolvimento for feito de dentro para fora, isto é a partir da sede do Concelho para chegar a todas as freguesias. Fazer com que a deliberação da Assembleia Municipal sobre este assunto, aprovada só com 2 abstenções, seja posta em prática;
4. Dinamização da agricultura com real e verdadeiro apoio ao mundo rural, incentivando a produção agrícola e escoamento dos seus produtos, com um verdadeiro mercado municipal e não com um “monstro” como o que temos que não serve nem os comerciantes sedeados no local nem os agricultores do Concelho;
5. Defender firmemente o direito à saúde de todos os Limianos como o temos feito até aqui, exigindo a quem de direito não retirada de serviços do hospital Conde de Bertiandos, mas sim de mais serviços necessários, o que se justifica não só pela quantidade de pessoas que ele serve como por ser um direito que todos temos, que é direito à saúde;
6. Para terminar a água e o ambiente em Ponte de Lima. É necessário maior e eficaz fiscalização por parte do município para fazer parar atentados criminosos que se cometem no Concelho castigando seriamente quem os pratica e não assobiando para o lado como o várias vezes na Assembleia Municipal. O rio Lima, o rio Trovela, o rio Labruja e tantos cursos de água são muitas vezes vazadouros de muita porcaria, sendo alvo de despejos e também alguns esgotos fazem descarga directa para os mesmos

PL: E como é que pensa consegui-lo?

Tudo isto se consegue com dedicação, trabalho, imaginação, força de vontade, tenacidade e principalmente com a participação de toda a população do Concelho, devidamente esclarecida e motivada para a resolução dos problemas atrás citados e outros que também nos afectam.

PL: Em sua opinião o que ficou por fazer em Ponte de Lima?

O que ficou por fazer é muita coisa o que sobrou foi a preocupação do Município em inaugurar algumas estátuas que nada tem a ver com Ponte de Lima e que nada trazem de mais valia para o Concelho.

Já atrás citamos algumas mas vou completar com mais duas:

Primeiro: A praia do Arnardo, que já teve bandeira azul e de que há anos para cá já não tem, apesar da afluência das pessoas à mesma incorrendo em perigar a sua saúde devido à poluição que muitas vezes corre no rio Labruja,

Segundo: Toda a frente ribeirinha e o aspecto degradante que no nosso rio apresenta, uma autentica selva que nenhum Limiano compreende o porquê e juntamente a esta situação o local onde dantes existia um magnifico areal, existindo agora um “terreal” com exposição diária de centenas de automóveis, dando uma imagem degradante do local, de tal maneira abandonado pelo Município que agora só serve para lá por uns bonecos que tem, medo de atravessar o rio.

PL: Quais são as suas expectativas para estas eleições?

As expectativas é ser eleito para a vereação da Câmara e isto é dito, sem imodéstia, porque os últimos 4 anos na Assembleia Municipal a CDU foi a força mais activa nos trabalhos da mesma tendo por várias vezes marcado agenda política. Por toda actividade desenvolvida pelo contributo dado por mim na Assembleia Municipal, devidamente reconhecido por todos os seus membros, penso que não é imodéstia nenhuma esperar ser eleito para a vereação da Câmara Municipal de Ponte de Lima.

A REALIDADE DA VILA DE ARCOZELO

A REALIDADE DA VILA DE ARCOZELO

Por Sanda Fernandes
(Membro da Comissão Concelhia do PCP de Ponte de Lima)

Dada a actualidade do tema, que até teve direito de antena numa reportagem da SIC, decidi escrever umas linhas sobre questões que importa esclarecer. Falo, obviamente, do Pólo Industrial do Granito. Começaria por dizer que o tom utilizado na peça e o próprio formato, não abonaram, em nada, a freguesia e os seus habitantes, nem tão pouco chamou a atenção para nenhum problema. Simplesmente constatou um facto. Não teria sido necessário reduzir os trabalhadores das pedreiras a “trabalhadores” da idade média, para perceber quais os verdadeiros problemas da região.
As pedreiras são uma riqueza das nossas terras e têm de ser valorizadas, e nelas têm de haver trabalhadores. Ninguém discute isso. A questão tem a ver com as alternativas a isto. Falta de ofertas de trabalho, aliada a deficientes redes de transportes públicos e todos os factores conhecidos por todos nós e que afectam toda a região, levam a que jovens trabalhadores se vejam aliciados pelo trabalho nas pedreiras. Poderíamos discutir também as condições de trabalho que lá se vivem, ou quem e quão bem se tem aproveitado da exploração do granito. Mas penso que isso, toda a gente sabe.
Outras questões interessam desmistificar, a iniciativa da construção do Pólo Industrial do Granito, nas Pedras Finas, não é da Junta de Freguesia, o que tem tido uma apropriação indevida do projecto por parte desta autarquia. A junta limitou-se a ceder o terreno onde o Pólo se deverá instalar. É importante? É importante mas não decisivo. Se não fosse ali, seria noutro lado. Mas o facto de o terreno ser da Junta, e portanto de todos nós, torna-a parceira fundamental do processo.
Não retiro a importância do pólo industrial, estrutura que deve contribuir para a melhoria das condições de trabalho e não a favorecimentos pessoais, mas a sua construção não está nas mãos da junta.
Há muito que existem nos sucessivos Quadros Comunitários de Apoio, verbas disponibilizadas para a implementação de estruturas deste tipo. Projectos desta dimensão para o nosso concelho e para a região, devem ser sentidos e tidos como prioritários e não, como parece ser o caso, como uma inevitabilidade.
Assisti, com muita atenção, a algumas promessas que os candidatos fizeram na campanha autárquica e agora estou aqui para me certificar de que serão cumpridas como um exemplo de rigor, honestidade e competência como diziam os slogans.
Existem no entanto problemas aos quais a junta pode dar uma resposta sem a dependência de aprovações superiores, por exemplo, o transporte das crianças da freguesia para o centro escolar. A falta de organização e orientação que se notou no início do ano lectivo estará resolvida? Os dinheiros que vieram em Junho para arranjos de caminhos, estes foram arranjados? A soma ainda era considerável e esses arranjos não passariam despercebidos. O candidato à junta pelo PS que estava no poder apregoou aos sete ventos que a junta de freguesia estava em falência técnica, se isto é verdade então onde estão os rendimentos da freguesia e os quase 200.000 euros que o município entregou à junta só este ano?
Estas e outras questões se levantam sem que se tenha conhecimento das respostas.
Como habitante de Arcozelo apelo para que, todos nós, possamos levar até á assembleia de freguesia questões e ideias para que Arcozelo possa vir a ser a vila de que tanto se orgulha do estatuto. Com toda a confiança! Continuam a poder contar comigo e com os eleitos da CDU na Assembleia Municipal!

Grandes Opções do Plano e Orçamento do Município para o ano de 2010

CRIAÇÃO DE EMPREGO E COMBATE AO DESEMPREGO
O Município deve desenvolver uma acção eficaz e permanente junto dos órgãos competentes para a concretização da implantação do Pólo Industrial do Granito de Arcozelo.
O atraso na resolução da implantação desta estrutura tem aumentado as dificuldades da organização empresarial do ramo e na estabilidade dos postos de trabalho.
Como primeira prioridade o Município deve mandar elaborar conjuntamente com entidades representativas e com instituições científicas um estudo de desenvolvimento económico para a revitalização da industria, comércio e agricultura no Concelho, tendo entre outras a finalidade de que tipo de empresas, que viabilidade das zonas industriais e que politica e acções a desenvolver para atrair investimento.

QUESTÕES AMBIENTAIS
No plano ecológico o Município deve definir uma política ambiental que conduza a uma melhor qualidade de vida e que impeça atentados ao meio ambiente, tais como as descargas de águas residuais poluentes para o rio Lima e afluentes, rio Neiva, afluentes, etc.
Higiene e limpeza
O Município deve adquirir carros apropriados para a lavagem e limpeza das ruas e passeios da Vila.
Fontanários
O Município deve proceder a um levantamento dos fontanários e fontes existentes no Concelho e elaborar um plano para a sua recuperação

REDE VIÁRIA, TRANSPORTES E TRANSITO
Manifestar total oposição a que sejam implantadas portagens na A28 e que esta seja considerada um Itinerário Complementar à A3 Porto – Valença;
Linha de alta velocidade (TGV)
Exigir junto do Poder Central a elaboração de um traçado que obedeça a todos os requisitos de impacte ambiental e salvaguarde os bens patrimoniais das populações e que seja aproveitada a linha de alta velocidade para circulação de comboios rápidos (tipo Alphas pendular) e comboios de mercadorias, com paragem em Ponte de Lima tendo em conta que este aproveitamento será uma medida estruturante e de mais-valia para o desenvolvimento da Região e do nosso Concelho em particular.
Parques de estacionamento
Ponte de Lima possui um conjunto de Parques de estacionamento que devem ser postos ao serviço dos utentes permanentemente e gratuitamente (Parque da Guia, Parque da Expo-lima e outros).
Zona Ribeirinha
O Município deve pôr com carácter de urgente à discussão pública o projecto da Zona Ribeirinha para que o Areal e o Rio sejam devolvidos à população da Vila.
Centro Histórico e o Comércio Local
Criação de um Gabinete Técnico específico para apoio, coordenação e acompanhamento na reabilitação e reconstrução das habitações degradadas do Centro Histórico, e na revitalização do comércio local;
O Município deve adquirir Mini-Autocarros ecológicos para fazerem a ligação entre a Central de Camionagem e as várias artérias da Vila.
Distribuição de verbas do Plano e Orçamento Municipal
Transferência de meios financeiros e competências para a Junta de freguesia:
Que haja uma maior transferência de meios financeiros e competências para as Juntas de Freguesia. Defendemos e pugnamos para que 20% das receitas totais previstas no Orçamento Municipal sejam transferidas para o orçamento das Freguesias.