Pela regionalização sempre!

Propomos a Regionalização, consecutivamente adiada, e a descentralização de meios e competências, elementos para o desenvolvimento económico, social e cultural sustentado e equilibrado como um contributo fundamental para articular necessidades, planos e meios, para o desenvolvimento do distrito e do concelho.


(do documento Ponte de Lima Concelho - Outro Rumo - Nova Política)

Na defesa do Poder Local Democrático
Com Trabalho * Honestidade * Competência *

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A CDU NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

A CDU NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Acácio Pimenta e João Francisco Gomes na Assembleia Municipal de Ponte de Lima - Sessão Ordinária de 30 de Setembro de 2013


Declarações Política
Termina mais um mandato desta Assembleia Municipal lamentavelmente com uma agenda para discussão que não é mais do que uma forma grosseira de cumprir o calendário das sessões ordinárias estipulado pela lei de funcionamento dos órgãos das autarquias locais.

A data escolhida para a realização desta assembleia municipal por si só revela uma falta de sensibilidade pela causa pública e pelos valores da democracia e pelo Portugal de Abril, já que nos deixa ficar a convicção que este executivo municipal que agora cessa o seu mandato não quis discutir questões de maior importância para a vida e desenvolvimento do Concelho antes do acto eleitoral que se realizou ontem.

Os eleitos da CDU gostariam de poder afirmar nesta ultima sessão da assembleia municipal que o nosso Concelho durante estes quatro anos teve uma evolução positiva nas vertentes económica e social, mas na realidade continuamos a ser um Concelho sem capacidade produtiva. E um Concelho sem capacidade produtiva empobrece. Estamos na cauda do desenvolvimento no distrito e no País. Temos um salário médio por habitante abaixo da média nacional, uma taxa de desemprego sempre a crescer, continuamos com zonas industriais vazias, com ausência de indústria que incorpore tecnologia e que crie emprego qualificado, empresas que fecham portas (as novas empresas criadas por si só não atenuaram o aumento do desemprego e não contribuíram para a melhoria dos salários), o comércio tradicional está em vias de extinção. Estamos num Concelho em que uma parte significativa da sua população são desempregados, pensionistas com baixas reformas e beneficiários do RSI, assim distribuídos: desempregados 11,9%, pensionistas da segurança social 32,4%, Beneficiários do RMG 5,5%. Todas estas situações tiveram consequências altamente gravosas na situação económica e social da população limiana.

Por muito que custe ao Sr. Presidente da Câmara Municipal e aos seus eleitos do CDS ouvir, Ponte de Lima é um dos Concelhos mais pobre do País, o terceiro com os piores índices de desenvolvimento económico e social do distrito. E dos mais de 2 milhões de portugueses que vivem abaixo do limiar da pobreza, muitos habitam em Ponte de Lima.

Ao longo deste mandato e dos 37 anos de gestão CDS proliferaram a promoção dos lóbis de interesses instituídos do concelho, de ruinosas parcerias público privadas, usando dinheiros públicos visando lucros privados. Disponibilizando, por exemplo, mais de meio milhão de euros para a compra de terrenos, que não criam emprego nem riqueza, apenas favorecem “negociatas”, assim como a pretensão do município em se associar a iniciativas que estão no âmbito do sector empresarial, como seja a de complexos hoteleiros.

É esta a realidade do balanço do términus de mais quatro anos da gestão autárquica do projecto CDS em Ponte de Lima.

Assuntos de interesse Municipal

Embargo de Obras
É corrente na nossa Vila que a obra da Casa Torreada dos Barbosa Aranha estará embargada. De facto a obra está completamente parada e transmite visualmente o aspecto de um edifício abandonado.
Confrontando a imagem fotográfica da traça original deste edifício emblemático e de grande valor arquitectónico do Centro Histórico com o que nos apresenta hoje a fachada do mesmo, após a dita intervenção de “recuperação de imóveis”, é absolutamente visível que não foi respeitado a originalidade da traça da tipologia de casa-torre implantada no nosso centro urbano, sofrendo grandes e graves alterações.
Não podemos conceber que em áreas de obras de responsabilidade e propriedade do Município, se avance para qualquer tipo de obra sem que esta obedeça a todos os requisitos legais.
Neste mandato que agora termina o Município de Ponte de Lima fica catalogado como tendo o “Pelouro das Obras embargadas” desrespeitando as regras elementares de obediência ao estipulado nas leis de recuperação do património histórico e paisagístico da nossa Vila. 
Gostaríamos que o Sr. Presidente da Câmara esclarecesse esta Assembleia Municipal do seguinte:
- Quais o motivos que levaram ao embargo da referida obra ou o motivo por que a obra foi suspensa?
- O projecto obedecia a todos os requisitos legais? Se não obedecia porque se avançou com as obras?
Feiras Novas
Sobre as Feiras Novas não vamos entrar em grandes detalhes. Em 2010 preconizamos nesta assembleia municipal que é urgente uma profunda reflexão sobre este Evento, quanto á sua concepção, ao ordenamento da ocupação dos espaços, a infra-estruturas sanitárias, a higiene e limpeza e por ultimo quanto ao seu programa.
E sugeríamos que a AEPL – Associação Empresarial de Ponte de Lima em eventos futuros devia assumir um papel mais destacado na concepção e realização do Evento no sentido de poder contribuir para uma nova realidade das nossas festas concelhias.
E dizíamos ainda “o Município de Ponte de Lima através do Sr. Vereador da Cultura na qualidade de Presidente da Comissão de Festas devia empenhar-se conjuntamente com a AEPL – Associação Empresarial de Ponte de Lima, o representante dos Srs. Presidentes de Junta de Freguesia e entidades culturais, e sentarem-se á volta de uma mesa para uma reflexão profunda que no nosso entender é necessária fazer.
Como hoje gostaríamos de não estar aqui a repetir estas nossas ideias, pois seria sinal que a nossa maior romaria popular tinha sido restituída da sua originalidade e do mais genuíno das tradições das suas gentes e da nossa terra e não estivessem mercantilizadas pelos interesses económicos de uma Cervejeira, relevando para segundo plano os produtos autóctones e endógenos de importância maior para a economia e imagem do Concelho.